sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Livretos reúnem os melhores da “Twitteratura”


Hélio Consolaro*

Tuítes que se transformaram em livros não é novidade, veja o livro do escritor gaúcho Fabrício Carpinejar e o Shit My Dad Says. O Twitter é miniblog meio parnasiano, pois impõe limites de caracteres, 140. Isso levou Stephen Kanitz, tuiteiro, a dizer que o “Twitter finalmente irá ensinar escritores e pesquisadores a não encherem lingüiça”.
Twitteratura é a união das palavras “Twitter” (gorjeio, pio, em inglês) com literatura. Significa o uso do meio para a literatura, qualquer que seja a forma. O termo foi usada pela primeira vez por Alexander Aciman e Emmett Rensin no livro Twittrature, da Penguin Books, que reconta a história de grandes clássicos de Shakeaspeare, Gogol, Hemingway. Se fosse para aportuguesar, atitude mais correta, seria “tuiteratura”.
A coleção “Clássicos da Twitteratura Brasileira” conta com 15 livretos, de 15 autores diferentes, que se destacam entre os escritores nacionais de microtextos. Gente como Xico Sá, Léo Jaime, Tati Bernardi, Hugo Gloss, Lobo da Coragem, Eike Batista, entre outros, estão divididos nas categorias Humor, Romance, Autoajuda e Opinião.

Cada tuíte estampa uma página única em cada livreto. “Sonho de rico é objeto psicanalítico; sonho de pobre é só um palpite para o jogo do bixo”, define Xico Sá em uma delas. Há um folhetim anexo à caixinha que explica a motivação da publicação.

“Esta coleção foi impressa no melhor papel para leitura: o pólen, que faz parte da campanha “Você pode ler mais” e é uma prova de que todo texto, por mais despretensioso que seja, parece literatura quando é impresso no papel correto.”

O minibox está à venda nas lojas e livrarias. Todo o lucro será revertido para o programa “Ler é preciso” do Instituto Ecofuturo.

Mais informações no site www.vocepodelermais.com.br.

*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Membro da Academia Araçatubense de Letras. Atualmente é secretário da Cultura de Araçatuba-SP

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