Hélio Consolaro*
A palavra mãe (mamãe, pronúncia mais infantil) em várias línguas tem uma certa semelhança. Veja: mutter (alemão), madre (espanhol e italiano), mère (francês), mother (inglês), okaasan (japonês), nai-mai, mamá (galego), màna (grego), mor (norueguês), morb (russo).
A pronúncia da letra “m” imita os movimentos dos lábios no ato de mamar, daí o predomínio dessa letra para denominar a mãe. O ato de dobrar a sílaba em português é própria da linguagem infantil (ecolalia). Os apelidos dos irmãos, os nomes dos animais domésticos geralmente possuem sílabas repetidas, porque a pronúncia se torna mais fácil. “Cocô” e “xixi” palavras da realidade infantil. Eduardo é Dudu. O cachorrinho se chama Totó. O mesmo processo de formação ocorre com “pai” (papai), “tio” e “tia” (titio, titia), “avô” e “avó” (vovô, vovó). Isso é objeto de estudo da psicolinguística.
A palavra “mamãe” é mais usada nos vocativos, quando o filho se dirige à sua mãe com carinho, lembrando seus tempos de criança. Exemplos: 1) Mamãe, eu te amo. 2) Mamãe, eu quero doce. Quando estamos falando dela, usamos a palavra monossilábica. Exemplos: 1) A mãe foi ao supermercado. 2) Perdi minha mãe muito cedo.
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário