quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Correio elegante virou torpedo


Os Estados Unidos anunciaram o fim do ensino da letra cursiva nas escolas para que os alunos sejam alfabetizados nos computadores. O lápis e o papel estão mesmo ultrapassados, estudiosos e críticos analisam se a cognição infantil não ficará comprometida com a novidade. Até a grafologia poderá ser desnecessária em futuro não muito distante. Os “tablets” substituirão os cadernos. Isso gerou surpresa e incômodo nas pessoas mais velhas.

A geração atual pode estar protagonizando a gênese de uma transformação que pode digitar um ponto final em mais um capítulo da história da humanidade escrita a pena e lápis, em pergaminho e papéis.

Poucas pessoas escrevem à mão é um fato. Na era do "Ctrl c + Ctrl v", as letras artisticamente desenhadas e imortalizadas em manuscritos do século 16, por exemplo, hoje estão restritas a poucas letras cheias de rococós, estampadas em envelopes de convites de casamento. Cartas e missivas foram substituídas pelos práticos e-mails. Aquele bilhetinho previamente perfumado? O correio elegante das quermesses transformou-se em torpedo.

Aquilo que há pouco tempo parecia impossível, hoje é realidade em curso. O argumento dos partidários da ideia de que o ensino da letra escrita está ultrapassado, e que o verbo "digitar" superou a conjugação do "escrever" é forte. Provavelmente um caminho sem volta. No mundo inteiro, principalmente em países desenvolvidos, o uso do livro didático já é combinado com “tablets” que comportam infinitamente mais informações que os cadernos e livros carregados em mochilas por estudantes do passado. (Natércia Rocha, repórter do jornal Diário do Nordeste, 21/8/2011, com adaptações)

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