domingo, 2 de outubro de 2011

Hino Nacional - Brasil


Hélio Consolaro*

Dia da Pátria. Em 7 de setembro de 1822, formalmente, deixamos de ser colônia para ser uma nação (um povo) e um país (território). Na verdade, o sentimento de nação e a delimitação do território ainda seriam trabalhados. O Romantismo, escola literária, cuidou de acender o sentimento de nacionalidade na elite brasileira – os leitores.

A partir daí, passamos a ter os símbolos nacionais, como: o hino, a bandeira, o brasão, o selo nacional. Vamos falar um pouco da letra de nosso hino.
A letra de nosso hino é parnasiana, cheio de palavras dicionarizantes. A população canta, mas poucos entendem a sua letra. Na escola, o professor precisa sempre estudar o poema do hino. Ele foi escrito numa época em que escrever difícil era moda.

Francisco Manuel da Silva, autor da música, morreu em 1865; e Joaquim Osório Duque Estrada, autor da letra, nasceu em 1870.  Eles não se conheceram, não foram contemporâneos. Esse fato é normal em poemas musicados posteriormente.

O letrista trabalhou ouvindo algum instrumento, para que melodia e letra se harmonizassem, pois naquela época não se gravava o som.

Curiosidades 
No hino brasileiro, aparecem várias palavras referindo-se à bandeira. A origem da bandeira é muito antiga. Os romanos usavam um molho de palha nas pontas das lanças para marcar sua presença. Na Idade Média, o uso das bandeiras e insígnias generalizou-se. Os cavaleiros, para serem reconhecidos, usavam distintivos na armadura ou nos elmos com que cobriam a cabeça. Os cruzados colocavam panos coloridos nas pontas de hastes para se identificarem. 

Os símbolos mais usados eram o pendão, bandeira armada em vara atravessada horizontalmente sobre o mastro (Salve lindo pendão da esperança...- hino à bandeira); a bandeira real, só desfraldada na hora do combate; o guião, sinal peculiar do príncipe ou do senhor; o lábaro ou estandarte, bandeira que indicava a presença do rei, e o gonfalão, bandeira de guerra com três ou quatro pontas pendentes. 

*Hélio Consolaro é professor de Português, jornalista, escritor.

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