domingo, 20 de outubro de 2013

Português de Angola

Hélio Consolaro
 
Luanda, capital de Angola
Angola é um dos nove países que falam a língua portuguesa porque foi colonizado por Portugal, como ocorreu com o Brasil, Moçambique, Guiné-Bissau,Timor-Leste, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe.

A professora Amélia Mingas, angola, professora e doutora em Linguística Geral e Aplicada pela Universidade René Descartes de Paris, em entrevista ao jornal Nova Gazeta, publicada em 10 de outubro de 2013, disse, por exemplo, que Angola precisa imitar o exemplo do Brasil ao organizar uma gramática própria, sem pensar em Portugal.

Eis algumas perguntas que lhe foram feitas e suas respectivas respostas:

COMO VÊ O PORTUGUÊS EM ANGOLA? Com muita força, mas precisa de ser controlado na sua evolução. Se não ensinarmos as nossas línguas, se não houver quem se debruce sobre a evolução que está a sofrer, pode correr o risco de desaparecer enquanto língua e transformar-se num crioulo.

De qualquer maneira, como é a língua oficial, é a única que permite o nosso contacto com o exterior, há a necessidade de protegê-la através do ensino, que não tenha como objetivo de ensinar o português de Portugal, mas a investigar o português de Angola que se apresenta em termos de norma. Ensinamos o português segundo a norma portuguesa, mas esta não consegue explicar as especificidades do nosso português. Há hoje uma série de dados. Há necessidade do levantamento de todas essas marcas e daí começar a pensar na norma do português de Angola.  

ISSO NÃO É DESVIO À NORMA? Desvio à do português de Portugal, mas é um elemento definidor da norma do português angolano. Temos de fazer em Angola o mesmo que o Brasil fez. Está certo que eles têm muito mais gente que nós, mas juntaram-se os linguistas, fizeram um levantamento das especificidades do português brasileiro. Temos de ver qual é o nosso modo de estar no português para criarmos uma norma.

Quem quiser ler a entrevista na íntegra, acesse: http://www.ciberduvidas.com/idioma.php?rid=2815

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