sábado, 29 de setembro de 2012

Emprego da desinência "s", indicativa do plural



Hélio Consolaro*

Existem abreviaturas de todo jeito, pois o uso vai consagrando-as, contrariando o sistema. Na abreviatura se põe a primeira sílaba e as consoantes antes da vogal da  segunda. Exemplo: comandante (com.), locução (loc.). Como ocorre na figura da tesoura com a palavra abreviatura. Cel – para coronel; Cia. para companhia fogem do sistema, mas o assunto de hoje é o plural nas abreviaturas.   

A fundamentação pelo não uso da desinência do plural (s – CDs / a - prof.ª) em abreviaturas  seria o fato de as desinências serem detalhes indicativos de número e de gênero nos nomes, e abreviatura e siglas dispensam detalhes, ficam apenas com o principal, seria uma impropriedade do sistema o seu uso.

A presença de desinência de número em siglas, às vezes, é indispensável ao bom entendimento, e também não vai deformar a nossa língua, há outras deformações que precisam ser evitadas, como os estrangeirismos.
As abreviaturas de caráter internacional, como: h (hora), m (metro), km (quilômetro), kg (quilograma) não possuem ponto nem podem ser acrescentas a elas desinências. Não existe a famosa “hs” como abreviatura de horas. Há gente que abrevia assim: “hrs”. Se é para fazer assim, por que não escrever logo por extenso. A abreviatura foi inventada para a pressa na hora de escrever e para economizar espaço na escrita. Palavras curtas, por exemplo, não devem ser abreviadas.

Outra impropriedade é o uso de apóstrofo no plural de abreviaturas, como: CD é CD’s. Primeiro que isso é usado no inglês, mas não indica plural. 

*Hélio Consolaro é professor de Português, jornalista e escritor.

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