Hélio Consolaro*
Existem
abreviaturas de todo jeito, pois o uso vai consagrando-as, contrariando o
sistema. Na abreviatura se põe a primeira sílaba e as consoantes antes da vogal
da segunda. Exemplo: comandante (com.),
locução (loc.). Como ocorre na figura da tesoura com a palavra abreviatura. Cel
– para coronel; Cia. para companhia fogem do sistema, mas o assunto de hoje é o
plural nas abreviaturas.
A fundamentação pelo não uso da
desinência do plural (s – CDs / a - prof.ª) em abreviaturas seria o fato de as desinências serem detalhes
indicativos de número e de gênero nos nomes, e abreviatura e siglas dispensam
detalhes, ficam apenas com o principal, seria uma impropriedade do sistema o
seu uso.
A
presença de desinência de número em siglas, às vezes, é indispensável ao bom
entendimento, e também não vai deformar a nossa língua, há outras deformações
que precisam ser evitadas, como os estrangeirismos.
As
abreviaturas de caráter internacional, como: h (hora), m (metro), km
(quilômetro), kg (quilograma) não possuem ponto nem podem ser acrescentas a
elas desinências. Não existe a famosa “hs” como abreviatura de horas. Há gente
que abrevia assim: “hrs”. Se é para fazer assim, por que não escrever logo por
extenso. A abreviatura foi inventada para a pressa na hora de escrever e para
economizar espaço na escrita. Palavras curtas, por exemplo, não devem ser
abreviadas.
Outra
impropriedade é o uso de apóstrofo no plural de abreviaturas, como: CD é CD’s.
Primeiro que isso é usado no inglês, mas não indica plural.
*Hélio Consolaro é professor de Português, jornalista e escritor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário